O
tempo dos empréstimos à habitação com os juros mais baratos de sempre chegou ao
fim em 2022, o que diminuiu a procura nacional. No entanto, nem isso travou a
procura de crédito para comprar casa em Portugal. Os dados mais recentes do
Banco de Portugal, indicam que mais de cento e sessenta mil pessoas contraíram
crédito à habitação no nosso país durante 2022, mais 2 mil do que em 2021.
Foram principalmente estrangeiros os responsáveis por dinamizar o mercado hipotecário em 2022.
Os
brasileiros lideraram a concessão crédito para comprar casa em Portugal,
representando 29% dos devedores de nacionalidade estrangeira. A maioria
dos brasileiros têm até 40 anos, sendo que a faixa etária mais expressiva é
entre 31 e 40 anos. A maioria trabalhava por conta de outrem e tinha também ensino
superior. Os dados revelam ainda que 44% dos brasileiros que pediu crédito
habitação reside na Área Metropolitana de Lisboa, 33% na região Norte e 14,5%
no Centro.
Os
angolanos, norte-americanos, britânicos, e os cidadãos ucranianos integram o
top10 das nacionalidades que mais assinaram novos contratos de créditos
habitação no nosso país em 2022.
Em 2021
cerca de 12 mil estrangeiros contraíram crédito, um número que sobe para 16 mil
em 2022.
Fonte:Idealista.pt
Este valor veio contrabalançar a queda da procura por parte dos portugueses, menos duas mil pessoas, resultando num salto positivo geral que dá conta de um aumento de duas mil pessoas a pedirem crédito habitação em Portugal em 2022 face ao ano anterior.
O setor bancário português mostra-se recetivo à concessão de empréstimos para compra de casa por parte de não residentes, visto que, uma fatia significativa de estrangeiros tem rendimentos superiores aos cidadãos nacionais.
O montante
de empréstimos habitação concedido a estrangeiros também aumentou de 1,5 mil
milhões em 2021 para 2,2 mil milhões em 2022. Isto quer dizer que, em 2022, 14%
do montante total destinado ao crédito habitação foi atribuído a estrangeiros.
Os cidadãos internacionais pediram, em média, mais capital para comprar casa durante o ano passado, cento e trina e nove mil euros, do que um ano antes, cerca de cento e vinte e cinco mil euros, ou seja, os valores em média são bem superiores face aos concedidos aos portugueses .
Vale a pena lembrar que o processo de concessão de créditos à habitação a
estrangeiros pode ser facilitado com a ajuda de profissionais especializados,
como é o caso dos intermediários de crédito, importante para residentes e
ainda mais para não-residentes, porque têm conhecimento do mercado e podem
gerir o processo à distância o que ajuda a que um processo que se mostra complexo
se torne mais simples.
Tal como
noticiou o Idealista/news, a procura de compra de casa no nosso país aumentou
em 2022, na sequência do conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia que eclodiu
há um ano. As famílias hoje procuram viver num clima de paz e, por isso, decidiram
avançar com o crédito habitação no nosso país.
Os
cidadãos ucranianos são os oitavos que mais pediram financiamento para comprar
casa em Portugal durante o ano passado, que representam 2% dos 16 mil
estrangeiros.
A grande
parte dos cidadãos oriundos da Ucrânia que assinaram empréstimos habitação
tinha até 40 anos de idade (cerca de 36% tinha entre 31 e 40 anos) e trabalhava
por conta de outrem. Ao contrário das outras nacionalidades, cerca de metade
destas pessoas tinha ensino secundário e 37% ensino superior.
Dos
cidadãos ucranianos que contrataram empréstimos habitação em 2022, 38% residia
na Grande Lisboa, 31% vivia no Centro e 14% morava na região Norte do país.
Também 10% dos ucranianos que contraíram crédito habitação residiam no Algarve
e 6% no Alentejo.
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À Teixeira de Almeida, Unipessoal Lda, foi emitida licença para o exercício da atividade de mediação imobiliária nº 12227-AMI a 10/5/2016.


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